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MASLOW – INTRODUÇÃO E INTRODUÇÃO

INTRODUÇÃO

Este trabalho tem por objetivo refletir sobre fatores psicológicos que interferem no comportamento das pessoas, através do estudo da teoria motivacional de Maslow. É nosso intuito fazer uma análise dos pressupostos fundamentais desta teoria, refletindo em novas possibilidades de seu uso, pelas empresas e pelos profissionais de gestão, indo além dos conceitos simplistas da hierarquia das necessidades.

Maslow era conhecido como o pai da teoria da motivação. Autor da famosa e sempre actual pirâmide das necessidades, Maslow foi um pensador à frente do seu tempo. Para ele, as necessidades dos seres humanos obedecem a uma hierarquia, ou seja, uma escola de valores a serem transpostos.

Maslow procurou compreender e explicar o que energiza, dirige e sustenta o comportamento humano. Para ele, o comportamento é motivado por necessidades a que ele deu o nome de necessidades fundamentais. Tais necessidades são baseadas em dois agrupamentos: deficiência e crescimento. As necessidades de deficiência são as fisiológicas, as de segurança, de afecto e as de estima, enquanto que as necessidades de crescimento são aquelas relacionadas ao auto-desenvolvimento e auto-realização dos seres humanos.

  

 BIOGRAFIA

Abraham Maslow nasceu a 1 de Abril de 1908, em Nova Iorque, o primeiro filho do imigrante russo Samuel Maslow. Apesar de ter sido educado numa comunidade judaica, a mãe não era uma religiosa praticante, mas uma mulher supersticiosa, que o castigava permanentemente e o  atormentava com a possibilidade de um castigo divino. Apesar de não terem formação escolar, os seus pais valorizavam muito a educação, sobretudo a do seu filho mais velho. Este interesse complementou a infância conturbada com uma certa estabilidade emocional. Na escola Boys High, Maslow estava rodeado de jovens brilhantes, o que o estimulava. Foi editor da revista Latin e colaborador da publicação de física Principia. Tornou-se social-democrata, idealisticamente comprometido em trabalhar por um mundo melhor.

O início do seu percurso universitário não foi dos melhores. Depois de passar pelo City College, em Nova Iorque, e pela Brooklyn Law School, Maslow concorreu à Universidade de Cornell, tal como a maioria dos seus colegas do Boys High, havia feito à saída do liceu, incluindo o seu primo Will, o amigo mais marcante da sua infância e juventude. Decepcionado e com fracas notas, reinscreveu-se no City College, mas pediu a transferência para a Universidade de Wisconsin, onde terminou a licenciatura em Psicologia, uma época (1930) em que a psicologia lutava pela sua separação da filosofia, da biologia e da medicina. Dois anos antes de terminar o curso casou-se com a sua prima Bertha. Os estudos posteriores em Wisconsin foram todos nas áreas da psicologia, anatomia, fisiologia e comportamento animal. Ao longo dos anos nesta universidade, Maslow propôs a publicação de diversos artigos da sua autoria ao Journal of Philosophy, mas nenhum foi aceito. Nenhum dos temas na área da psicologia que lhe interessava versar na sua tese de mestrado parecia merecer o interesse da comunidade acadêmica. O tema – «Aprendizagem, retenção e reprodução de material verbal» – acabou por ser imposto. Os primeiros artigos publicados tiveram origem nesta tese, apesar de o autor a ter retirado das prateleiras da biblioteca, por vergonha.

Quando Maslow regressou a Nova Iorque, em 1935, entusiasmou-se com a possibilidade de aproveitar os recursos intelectuais incomparáveis que tinha ao seu dispor num verdadeiro centro de discussões intelectuais e no novo lar de uma comunidade de pensadores sociais e da recém-criada «Nova Escola», a que pertenciam os intelectuais mais radicais. Maslow teve a oportunidade de aprofundar os estudos junto dos psicólogos mais brilhantes da época. No Brooklin College, começou a leccionar Psicologia, recorrendo a métodos inovadores.

Em 1941 escreveu o seu primeiro livro sobre psicologia. Com a II Guerra Mundial, e perante uma situação internacional cada vez mais conflituosa, Maslow decidiu por na mesa um assunto que tinha colocado há muito na gaveta: o desenvolvimento de uma teoria da motivação humana. As suas questões-chave eram: o que é que as pessoas pretendem da vida? De que é que necessitam para serem felizes? O que é que faz com que procurem certos objectivos? E, em termos mais concretos, o que é que as faz seguir fielmente Hitler ou Estaline? Após a publicação de diversos artigos acerca da motivação humana, publicou, aos 35 anos, o texto mais influente da sua carreira, que centrava a teoria da motivação no que designou por pirâmide ou hierarquia das necessidades humanas. Durante a guerra, Maslow aplicou esta teoria à melhoria do mundo. «A sociedade ideal», especulou, «é a que permite que cada pessoa aproveite o seu potencial máximo».

Para um homem quase com 60 anos, Maslow mantinha uma energia surpreendente. Em 1967 afirmou: «tornei-me numa espécie de máquina, que responde quase sempre ao dever e que acaba por não se divertir ou descansar. Sou impelido para o trabalho e para ler apenas o que é relevante ou útil…o problema é que estou a ficar viciado nisto.» Na sequência de um ataque cardíaco, esteve hospitalizado e aproveitou para fazer algumas pesquisas relacionadas com a motivação das enfermeiras para desempenharem tarefas exigentes e mal remuneradas. O trabalho era seu maior alívio durante a doença. Quando saiu do hospital tinha já recuperado a sua energia.

No Outono de 1968 Maslow era admirado em todo o mundo pelo seu trabalho e estavam a ser escritas duas biografias dele por Frank Goble e Colin Wilson. Neste ano deixou a Universidade de Brandeis e foi convidado pela Saga Corporation, a empresa que administrava os bares e cantinas da Universidade de Stanford e de mais 97 campus por todo o país, para se juntar ao seu staff durante dois a quatro anos. A troco de um bom salário, um carro novo e um escritório, Maslow não tinha que fazer nada. Era uma oportunidade que Laughlin, o presidente da empresa, lhe queria dar para ter tempo para escrever e desenvolver trabalho acadêmico. Maslow aproveitou para rever alguns textos antigos e para escrever e desenvolver trabalho acadêmico. Maslow aproveitou para rever alguns textos antigos e para concluir outros, entre os quais a nova antologia Farther Reaches of Human nature.

A 8 de Junho de 1970, durante um passeio em frente a sua casa, um ataque cardíaco pos fim à sua vida. Uma entre muitas das personalidades que lhe prestaram homenagem trasmitiu o sentimento geral em relação a este homem notável: «Sentíamo-nos bem por ser humanos na sua presença. Num mundo conturbado, ele via a luz, a promessa e a esperança e partilhava-as com todos nós»

 

Bruno Caldeira

 

 

 

 

 

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