O assunto não é novo! Mas os últimos anos têm sido dramáticos para a banca portuguesa.
E do velho dito que “De Espanha nem bons ventos nem bom casamentos”, é simplesmente ignorado pela indústria financeira, que desde da crise do subprime ficou demonstrada a sua fragilidade.
Recordemos que o “enamoramento” extremo que o actual governo socialista de Portugal, é especialmente preocupante num sector que permite forteficar a soberania nacional portuguesa.
Membros do governo de Portugal, incluindo o seu próprio primeiro-ministro são muitas vezes noticiados em comemorações sociais da Embaixada de Espanha em Lisboa. Quando antes esses altoS responsáveis eram vistos em acções de diplomacia sérias.
Esta situação é tão delicada que já houve um manifesto contra a “espanholização” da banca portuguesa.
Em 2016 um grupo de cinquenta personalidades que contou com a presença de empresários, banqueiros e econonistas, sendo encabeçado por Alexandre Patrício Gouveia.
A coragem do administrador do grupo espanhol El Corte Inglés veio despertar para as possíveis consequências negativas dessa excessiva presença de capitais e influência espanhola na banca portuguesa.
É claro que a “ditadura das redes sociais” fizeram-se logo sentir, ao pedir a demissão do gestor português do El Corte Inglés. Parace que é impensável ter opinião própria.
Mas a preocupação generalizada pela “espanholização” não é preocupação para o próprio Presidente da República Portuguesa que minimiza a grande influência dos banqueiros de Espanha no sistema financeiro português.
Nas suas inúmeras viagens a Madrid destacava “quando eu falei das relações económicas, e de imaginar que o sistema financeiro é uma componente importante”, e também considerou “muito bom” o facto do Caixa Bank ter o controlo maioritário de um dos maiores bancos privados portugueses – o BPI.
Toda a estratégia dos espanhóis leva que o BPI seja totalmente absorvido e deixe de ser juridicamente e de facto um banco português.
Esta definição de lenta destruição de uma instituição portuguesa, vem ao encontro da atitude ética e moral do seu director-geral, Juan Antonio Alcaraz, ao declarar que os “despejos são uma lenda urbana”.
Actualmente o Caixa Bank detém 84,5% do BPI. O Santander Totta, do grupo Santander comprou por sua vez o BANIF por 150 milhões.
Por outro lado, o Bankinter adquiriu o negócio do Barclays Bank em Portugal, e BBVA Portugal foi absorvido pela casa-mãe passando a ser uma mera sucursal.
Todos estes movimentos accionistas transformaram radicalmente o sistema bancário português e reforçaram ainda mais “a espanholização da banca portuguesa”.
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