Ultimamente boa parte das notícias abordam uma determinada vontade: a independência.
Genericamente os dicionários definem INDEPENDÊNCIA como: deixar de estar sobre o domínio ou influência de estranhos.
Por vezes, ouvimos a associação entre INDEPENDÊNCIA e AUTONOMIA.
Podemos inclusive, sofridamente dizer que a autonomia como “a liberdade parcial e reversível”.
Porém, a autonomia é um meio que os Estados e as organizações têm para desenvolver os seus objectivos.
Seguramente que a INDEPENDÊNCIA está irmanada com a LIBERDADE.
Voltando aos dicionários, a liberdade é caracterizada como: “o direito de agir conforme as nossas convicções. No entanto, numa versão mais clássica este valor está delimitado.
É certo que já alguma vez dissemos aos nossos receptores que a “tua liberdade termina quando atinge a liberdade do outro”.
Mas que formas de liberdade temos?
A LIBERDADE POLÍTICA
Ter a capacidade de decidir o presente e o futuro de um país ou em outros entes do Estado. Aqui, a base de reflexão é a DEMOCRACIA DIRECTA.
Noutros casos, em organizações supra-nacionais, a liberdade e a democracia directa já não são muito atendíveis face à estrutura político-jurídica que é imposta. Vejamos o caso do funcionamento da União Europeia, sobretudo ao complexo funcionamento do Parlamento Europeu.
Depois, a LIBERDADE ECONÓMICA.
O seu maior ou menor grau de evolução depende da maturidade que a cidadania tenha no que diz respeito à democracia e à liberdade.
Essa liberdade tem também um exemplo clássico: a saída dos filhos da casa dos seus pais”.
A sua preparação civica e educacional influenciará a sua independência material e de promoção de um melhor bem-estar.
Logicamente, os Estados, sobretudo os mais dependentes do exterior sentirão os efeitos da agregação de factores que compõem a Economia Política.
A LIBERDADE CULTURAL
Esta liberdade nos direcciona para os campos da criatividade e do activismo.
Contudo, esta liberdade está dependente da liberdade política e da liberdade económica da sua sociedade.
Por sua vez, a consumação eficiente da liberdade cultural, trará benefícios inequívocos para as sociedades estatais e supra-nacionais.
A GLOBALIDADE ASSIM NOS CONFIRMA!
Porém, não devemos confundir a liberdade cultural, com a violação sistemática de princípios de Direito Natural e outros emanados da democracia liberal.
Um desses princípios que está seriamente ferido é o DIREITO À PRIVACIDADE.
Muito por culpa do egocentrismo do ser humano.
Por fim, a LIBERDADE DE CONSCIÊNCIA
Dá-nos a faculdade de julgar os nossos próprios princípios e acções, criando assim, o nosso próprio sistema ético.
É a nossa consciência que leva aos sonhos.
Tentar concretizar os nossos sonhos mesmo contra “ventos e marés” é um dos seus desígnios fundamentais.
É a mais bela das LIBERDADES!
É aquela que sendo a mais frágil e sensivel de todas as outras liberdades, é a única que é verdadeiramente INDEPENDENTE.
Bruno Caldeira
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