Em diversas situações estamos acostumados com a expressão “só mesmo em Portugal”, e agora no que concerne à evolução salarial, é caso para dizer: o inquietante caso português.
Num relatório sobre emprego elaborado conjuntamente entre a Comissão Europeia e o Conselho Europeu, concluí que Itália e Portugal não conseguiram recuperar os salários reais desde 2000.
Para os lusos, é caso para dizer, o inquietante caso português, pois este estudo apesar do crescimento da produtividade, os salários reais não acompanham esse incremento.
E no período entre 2015 e 2018, o inquietante caso português, é acompanhado por mais oito países: Bélgica, Chipre, Croácia, Finlândia, Grécia, Países Baixos, Espanha e Itália.
Outro factor que torna o caso português ainda mais inquietante, tem haver com a diminuição da taxa de desemprego, que em setembro passado foi de 6,6%. Esta taxa de desemprego está inclusive abaixo da média da União Europeia.
Ainda mais outra achega para este inquietante caso tem haver com os custos de trabalho.
Para o Gabinete de Estatísticas da União Europeia, Portugal foi quarto países da União Europeia, onde os custos de produção menos incrementaram. Melhor que Portugal, só o Luxemburgo, Espanha e Holanda.
Entre Abril e Junho de 2018, os custos de trabalho que incluem a vertente salarial e a não salarial que corresponde às contribuições da segurança social estão sujeitas, entre outros custos foi de 1,4% relativamente ao mesmo período homólogo do ano passado.
No Luxemburgo esse incremento foi de 0,6%, em Espanha de 0,7% e na Holanda de 0,9%. Já a média na zona Euro foi de 1,9% e 2,6% na União Europeia.
Do lado inverso, é no leste europeu que os custos laborais mais subiram. E é na Roménia que esses custos mais cresceram com um valor superior a 15%, seguindo-se a Letónia com 11,7% e na Hungria com 10,2%.
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