Até ao Século XIX, as crises foram exclusivamente de subprodução, resultando de maus anos agrícolas, guerras prolongadas e o aumento populacional a ritmo superior aos recursos existentes. A partir dessa altura, as crises económicas passaram a ser de superprodução, e quase todas provocadas por erros ou ausências de provisão.
Graças à revolução industrial, ou seja, aos seus incrementos tecnológicos, produz então, uma explosão demográfica, em especial na Europa, em virtude dos progressos da medicina, da maior abundância de alimentos e a higiene individual e pública melhorou também. Apesar da muita miséria, vagabundagem e mendicidade abundar nas ruas, e até as próprias habitações dos operários não serem, um exemplo claro de bem-estar, para toda a família operária poder descansar convinientemente do seu ardo dia de trabalho.
Mesmo com o triunfo da política liberal, a burguesia, perante as classes dominantes, a alta nobreza, a participação das pessoas na vida política era muito restrita, e só depois II Guerra Mundial é que os esforços de democratização e o sufrágio universal tomaram a sua forma mais real.
A nível económico, o liberalismo favoreceu ainda mais, os mais ricos em detrimento das camadas populares. O fosso social entre a alta burguesia e o operariado era cada vez mais profundo. Por outro lado, a crise social e da auto-determinação de algumas nações, subjugadas aos impérios que as reprimiam político e culturalmente ,tomam a consciência da sua situação.
Os três grandes Impérios que existiam na Europa, Otomano e Austro-Hùngaro foi desmembrado, originando então, novos países, e o próprio Império Russo foi pressionado a ceder a independência a alguns povos.
Acontecimento que ocorreu no século XIX, veio a marcar a política nos anos seguintes, foram as obras de Karl Marx, um economista alemão, que defendia uma sociedade sem classes, e posteriormente eliminava a necessidade da existência de Estado. Alertava o proletariado a lutar pelos seus direitos, como o do sindicalismo.
A internacionalização do movimento operário reforçou a luta da classe trabalhadora, todavia também marcou a cisão entre a ala mais ortodoxa, a mais radical nas posições com o patronato, defendendo até a luta armada, e os sociais-democratas que pretendiam o diálogo, com os capitalistas. Tal ruptura ideológica enfraqueceu o poder das internacionais.
As tensões económicas e políticas provoca em 1914, o inicio da I Guerra Mundial que finda 1918, durante esse conflito, as miseráveis condições de vida do povo russo e o totalitarismo do Czar Nicolai II, leva à queda do regime, adoptando nessa época, os vencedores da revolução russa, os bolcheviques, Marxismo aplicado à realidade russa por Lenine.
Exonerada a I Guerra Mundial, praticamente toda a Europa encontrava-se em ruínas e com o seu aparelho económico destruído. Poucos anos depois da I guerra Mundial, e sobretudo nos Estados Unidos da América, e aproveitando uma pequena recuperação económica, uma folia cultural e esbanjadora generaliza-se, como sejam a invenção de novos estilos musicais e artísticos.
A esse acontecimento deu-se o nome de “La Belle Epoque”.
Bruno Caldeira
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