Mário Centeno, o ministro das finanças de Portugal promete um déficit quase zero para as contas públicas lusas.
A sua expectativa para que o deficit orçamental seja quase zero tem como base que o segundo semestre seja melhor que o primeiro, algo que tem vindo a ser concretizado nos últimos anos. Mas frisa que é importante que o nível de ingressos públicos se mantenha.
Recentemente o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulgou que as contas públicas melhoraram em 0,1 % do decifit orçamental em relação ao ano passado. Em 2018 estava em 0,5% e este ano vai nos 0,4%.
Mário Centeno reforça que está convicto que este ano será melhor que o anterior devido a performance da economia, e que as receitas do IVA só fecham em Março do próximo ano.
“Esta receita é uma receita que só vale quando o ano fechar. E o IVA, para efeitos de contabilidade nacional, só termina em março de 2020. Tenho exatamente meio ano de IVA nas minhas receitas fiscais. Não espero nenhuma divergência nos próximos meses”, conforme declarou Mário Centeno à Agência Lusa, adiantando que, em outubro, ainda faltam cinco meses de receita do IVA, o que “não é pouco”.
O optimismo do ministro das finanças pode ser ensombrado com as notícias que vem do exterior.
Os seus principais parceiros económicos como é o caso da Alemanha e da Espanha, as suas expectativas de manter o nível de crescimento económico têm vindo a agravar-se.
Espanha é de longe o país mais apetecível para as exportações portuguesas, está a atravessar há vários meses uma crise política.
A falta de acordo para formar governo entre o PSOE, partido que venceu as últimas eleições parlamentares e o Podemos leva os espanhóis a novas eleições no próximo dia 10 de Novembro.
A estabilidade política de Espanha é importante para a exportações portuguesas, e em consequência que o décifit quase zero projectado pelo governo português seja alcançado.
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