A primeira exibição de realizadoras chilenas contemporâneas em Portugal apresenta três longas metragens e uma curta-metragem de Manuela Martelli, Maite Alberdi, Claudia Carreño e Valeria
Hofmann. Trata-se de uma seleção de filmes com grande reconhecimento internacional em festivais como Cannes, Biarritz e, em alguns casos, nomeados para os Óscares. Haverá apresentações, como a da realizadora lisboeta Claudia Carreño, e estreias exclusivas, como a da curta-metragem Alien0089 de
Valeria Hofmann, que foi premiada no festival Sundance.
Esta iniciativa é organizada pela CinemaChile (instituição que promove o audiovisual chileno no estrangeiro), em colaboração com o Instituto Cervantes de Lisboa e com o apoio da Embaixada
do Chile em Portugal.
O cinema chileno alcançou 219 Prémios Internacionais em 2022, em Festivais e mercados, com os seus filmes ou projectos. Desse total, 88 prémios correspondem a obras dirigidas e produzidas por mulheres. O sucesso do cinema chileno que, em média, produz cerca de 30 filmes por ano, deve-se às novas gerações de cineastas que se juntam a nomes consagrados como Pablo Larraín, Sebastián Lelio e Patricio Guzmán.
Entre estes novos cineastas, há uma forte presença de realizadoras que alcançaram um reconhecimento tão elevado como Maite Alberdi, cujo filme “El agente topo” foi o único filme em língua espanhola a ser nomeado para um Óscar em 2020. A ela junta-se um número crescente de realizadoras, entre as quais Manuela Martelli, com 1976, que iniciou a sua digressão na Quinzena dos Realizadores de Cannes (2022) e venceu este ano o Prémio Platino (reconhecimento ibero-americano) para Melhor Primeiro Filme, e Claudia Carreño, cujo primeiro documentário de longametragem, Cartas de una fanática de Whistler a un fanático de Conrad, foi selecionado para festivais como o de Biarritz. A curta-metragem, o primeiro filme de fição de Valeria Hofmann, começou a sua digressão de festivais este ano em Sundance, onde ganhou o Prémio Especial do Júri para Realização de Curtas-Metragens. Esta curta-metragem será apresentada pelo produtor Rodrigo Díaz, que já trabalhou com Hofmann e que também está a distribuir este filme.
Os filmes abordam diferentes temas e géneros: 1976 é uma fição sobre a ditadura chilena através de uma mulher abastada que descobre outra realidade; El agente topo é um documentário que mostra como um investigador invulgar com mais de 80 anos entra num lar de idosos; Cartas de una fanática de Whistler a un fanático de Conrad é um documentário e ensaio poético que gira em torno de Whistler, pintor e tripulante, e da sua estadia em Valparaíso em 1886. Finalmente, Alien 0089 é uma curtametragem de fição que torna visível a violência de género nos jogos de vídeo.
DATAS DOS FILMES:
SEGUNDA-FEIRA 5 DE JUNHO: 1976 de Manuela Martelli (2022)
TERÇA-FEIRA 6 DE JUNHO: El agente topo de Maite Alberdi (2020)
QUARTA-FEIRA, 7 DE JUNHO: Alien0089 de Valeria Hofmann (2023)
Cartas de una fanática de Whistler a un fanático de Conrad, de Claudia
Carreño (2020)
Be First to Comment