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Comboio de Alta Velocidade: O Futuro dos Transportes

Sendo a comodidade, a segurança e a velocidade fatores primordiais no seio do bom funcionamento dos transportes públicos, a questão dos transportes ferroviários tem ganho um peso bastante pertinente na sua evolução, a nível mundial.

Cada vez mais, existe a necessidade de (re)apostar nos transportes ferroviários, mais precisamente em comboios de alta velocidade. Porquê comboios de alta velocidade? O crescimento destes comboios surge não só na Península Ibérica, como também em todo o mundo, face à necessidade de valorizar este meio de transporte, bem como para fazer concorrência e ser uma opção, quando comparado com transportes aéreos, marítimos e os restantes transportes terrestres, bastante desenvolvidos atualmente.

Países como os Estados Unidos da América e a China, bem como países europeus como França, Holanda, Alemanha e Espanha estão na linha de frente, no que diz respeito ao arranque e funcionamento contínuo dos comboios de alta velocidade, chegando estes até aos 300 km/hora.

Comboios de Alta Velocidade na Península Ibérica: Ligação Portugal – Espanha

A ambiciosa ideia de existir uma ligação de comboio de alta velocidade entre Portugal e Espanha, mais precisamente entre Lisboa e Madrid, estão cada vez mais presentes entre os governos português e espanhol. Embora seja uma ideia ainda por concretizar – aponta-se a sua concretização para o fim da década, a partir de 2030 –, o potencial para tal é fortemente reconhecido, tanto pelos países que compõem a Península Ibérica, como também em todo o ceio da União Europeia.

Espanha é um dos países europeus que está na linha da frente, no que diz respeito ao funcionamento dos comboios de alta velocidade, sendo a linha férrea de alta velocidade espanhola a AVE. Este ponto chave torna-se deveras benéfico para Portugal, visto que a já existência deste comboio em Espanha facilitará, em todos os níveis, o desenvolvimento desta ligação entre as capitais de Portugal e Espanha.

O interesse das empresas espanholas na aposta da construção de um comboio de alta velocidade em território português tem enfatizado e “acelerado” a potencial formalização do projeto bilateral a favor de comboios de alta velocidade. Empresas como a Iryo, ACS, Ferrovial, Sacar, FCC, OHLA, Acciona e Comsa são as empresas espanholas que se destacam na corrida do concurso deste projeto. Sendo a estimativa do investimento deste projeto de onze mil milhões de euros e o concurso do mesmo dividido em três fases, o objetivo destas empresas espanholas é criar consórcios com empresas de construção portuguesas, de modo a fortalecer relações empresariais, bem como mostrar a seriedade do seu interesse.  

Paralelamente, a Comissão Europeia apoia fortemente esta ligação de alta velocidade e de tudo tem feito para que seja levada avante esta execução, através da facilitação de meios de contactos entre os países em questão que fazem parte da União Europeia, bem como através da clarificação da legislação europeia e apoio dos projetos em curso. O projeto denominado Connecting Europe by train: 10 EU pilot services to boost cross-border railpatrocinado pela Comissão Europeia apresenta dez iniciativas para aproximar a Europa, numa maior e melhor transportação. Uma das iniciativas escolhidas pela Direção-Geral da Mobilidade e dos Transportes (DG-Move) é a ISLA, com o objetivo de ligar Lisboa – A Corunã e Lisboa – Madrid, iniciativa esta regida pela marca espanhola de serviços de alta velocidade Iryo. Conta-se que esta ligação de alta velocidade chegue aos 350 km/hora.

De facto, a existência de um comboio de alta velocidade é imprescindível para a forte expansão de Portugal e de Espanha, no que diz respeito à ligação mais rápida entre os dois países, bem como a nível de exportação e outras vertentes necessárias.

A nível europeu, Portugal e Espanha terão um maior reconhecimento dentro da União Europeia, por ser mais um fator em consideração e desenvolvido dentro da Península Ibérica, bem como por elevar a fasquia peninsular, quer seja na facilidade de transporte de pessoas, bens e produtos face aos restantes transportes já desenvolvidos.

Todo este interesse e esforço em dar a conhecer a realidade de um comboio de alta velocidade em território português, capaz de ligar de forma mais rápida, eficaz e sustentável as grandes cidades de Portugal, bem como ligar Lisboa a Madrid, só demonstra a capacidade crescente da ligação peninsular.

Ana Isidoro

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