Este país que se encontra no coração do continente americano é um lugar por descobrir, já que tem tanto que oferecer que uma vez que o visite, será difícil de esquecer.
O Panamá é um país no istmo, que liga a América Central e a América do Sul. A sua capital é a cidade de Panamá, uma urbe moderna, diversa, multicultural que tem muito a descobrir.
O que visitar na cidade? Pode-se visitar a parte colonial antiga, que está no centro e perto do Canal. A cidade antiga tem elementos hispânicos, franceses e norte-americanos e une-se com a parte moderna, que está cheia de edifícios arranha-céus.
A grande cidade de Panamá conta com um centro bancário internacional com quase 100 bancos dos cinco continentes. É também um centro financeiro e logístico e conta com o aeroporto mais moderno da América Central.
Perto do Canal, na parte do Oceano Atlântico estende-se a cidade de Colón, cabe ressaltar que a cidade do Panamá está situada no Pacífico.
Do lado do Pacífico mora 80% da população, já que as terras cultiváveis estão ali e o clima é mais favorável.
Também no lado do Pacífico está a maior ilha centro-americana, chama-se Coiba e mantém-se virgem em cerca de 90% do seu território, uma vez que antes era um centro penitenciário, assim que se manteve isolada e hoje é um centro protegido, onde habitam aves, répteis e uma grande variedade de mamíferos e espécies marinhas.
Nas montanhas ocidentais criam-se microclimas que permitem a cultura do café mais caro no mercado internacional, a marca “Geisha”, com propriedades únicas para um público com paladar exigente. Além disso, cultivam-se morangos e todo o tipo de frutas tropicais.
Para finalizar e não menos importante, devemos falar do maior recurso do Panamá e é a sua gente, multiétnica, alegre e trabalhadora, acostumada a receber pessoas doutras latitudes e com vocação de serviço
Pablo Garrido Araúz, Embaixador do Panamá em Portugal
Nas praias de Santa Catalina, anualmente há competições de surf, onde participam jovens de diferentes partes do mundo.
No lado do Atlântico, a natureza é mais selvagem e os lugares mais visitados pelos turistas, tanto nacionais como internacionais são: Bocas del Toro, onde pode-se desfrutar de lugares exóticos e comodidades mais ocidentais; e o arquipélago de Guna Yala, uma zona autónoma indígena que permite ao turista trasladar-se a situações de há mais de três séculos, com os orgulhosos gunas que possuem 365 ilhas e uma parte continental, onde cultivam os seus legumes e frutas e praticam a caça de animais.
A economia panamiana é basicamente de serviços e oferece uma série de facilidades ao investidor nacional e estrangeiro; com um sistema fiscal competitivo e uma economia dolarizada, que garante a estabilidade monetária para todo o tipo de negócios, especialmente como centro de distribuição para a América Central e do Sul, assim como também para as ilhas do Caribe.
A agricultura é importante nas províncias e os produtos tradicionais são: o café, o açúcar, a banana e o arroz. Mas também se conta com novos produtos agrícolas não tradicionais como: o cacau, o ananás, o melão, a melancia, e a papaia, entre outros.

Hub aéreo, de agências das Nações Unidas e Humanitário.
Como já foi mencionado anteriormente, a cidade de Panamá conta com o aeroporto mais moderno da América Central e consagra-se como hub aéreo que permite uma conexão expedita e viável para qualquer viajante, especialmente no continente americano.
As facilidades que oferecem as autoridades são tão atrativas que a maioria das agências regionais das Nações Unidas têm-se instalado no Panamá.
Hoje o Panamá conta com a sede do PARLATINO e com único Centro Humanitário do continente, onde se recolhem as ajudas em caso de desastres naturais, muito comuns na região. Este mesmo Centro Humanitário serviu para a recolha e distribuição da vacina contra a COVID-19.
O Canal do Panamá é considerado uma das grandes obras da engenharia e liga os oceanos Atlântico e Pacífico, possibilitando que navios atravessem de um lado para o outro, sem a necessidade de realizar uma grande deslocação.
Atualmente, com as consequências das alterações climáticas, o Canal que é um elemento importante na economia panamiana, também sofre os embates desta situação que se apresenta como a terceira seca nos últimos anos: 2016, 2022 e agora.
Esta via interoceânica é uma infraestrutura de importância mundial que contribui diariamente para o avanço e desenvolvimento de um mundo cada vez mais interconectado. Contudo, presenta também algumas ameaças, como as alterações climáticas, cujas consequências se fazem sentir no seu funcionamento.
Neste ano, a seca que o Panamá enfrenta, tem obrigado às autoridades a diminuir o calado dos barcos, até 44 metros; além disso a quantidade de navios que passa pelo Canal diariamente, tem sido diminuído de 40 a 32, ou que poderia calcular dê 31 barcos por dia, a partir de novembro do presente ano. Contudo, as medidas tomadas são de carácter transitório e não implicam a interrupção do funcionamento do Canal, pelo que continua a trabalhar, oferecendo os seus serviços aos utentes, com os quais mantem uma comunicação franca e fluida, de tal maneira que os clientes estejam sempre informados sobre as mínimas mudanças relativas com a passagem do Canal.
Enfim, o Canal continua a cumprir com as suas obrigações e as necessidades do comercio marítimo mundial, já que por ali passa 6% do comercio marítimo global.
A longo prazo e devido a que as secas parecem que continuarão a estar presentes nos próximos anos, o Panamá está a considerar a criação doutra fonte de água, como a construção dum outro lago artificial.
Para finalizar e não menos importante, devemos falar do maior recurso do Panamá e é a sua gente, multiétnica, alegre e trabalhadora, acostumada a receber pessoas doutras latitudes e com vocação de serviço.
Informação importante do Panamá:
Extensão: 75, 517 km
Capital: Cidade de Panamá
Idioma: espanhol
População: 4, 351 milhões (2021)
Produto Interno Bruto: 63,61 bilhões USD (2021) Banco Mundial

Pablo Garrido Araúz é atualmente Embaixador do Panamá em Portugal e Cônsul Geral em Lisboa; também, Embaixador simultâneo do Panamá em Cabo Verde e Guiné-Bissau. É Decano do GRULAC e Vice-Presidente da Casa da América Latina, Lisboa.
Trabalhou no Serviço Exterior do Panamá desde 1994 na: Grécia, Bélgica, Holanda, Luxemburgo e Marrocos.
Além disso, representou o Panamá perante a União Europeia e todas as organizações internacionais sediadas nos países BENELUX.
Mestre em Relações Internacionais, com ênfase em Integração Europeia; e outro em Gerenciamento de Projetos e Programas. Fala: Inglês, Português, Francês e Grego.
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